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II CONAG (Congresso Nacional de Gastronomia) realizado em Natal de 06 a 08 de abril/2010

II CONAG (Congresso Nacional de Gastronomia) realizado em Natal de 06 a 08 de abril/2010
Oficina: Quem quer queques? os cupcakes brasileiros pela Chef Lucia Soares. Na foto: queques de banana passa com limão cravo, merengue de caramelo e paçoquinha de amendoim.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

FESTA JUNINA. A vã invenção da jovem tradição nordestina

http://www.pontodepauta.com.br/site/noticias.php?idNoticia=541

Postado as 09h13 | 31.05.2010 * Por Lúcia Helena Soares
Quando junho se aproxima uma alegria inexplicável invade toda a gente. É tempo de festa, de fartura, cheiro bom de fumaça, picumã, doce quente, bolo de mandioca e milho assando, fogueira, fogos, lanternas e balões coloridos, forró e baião, chapéu de palha e vestido de chita...

A mais forte e bela tradição nordestina, símbolo da ruralidade brasileira que se repete animadamente a cada ano, não parece assim tão jovem – mas se consolidou no final dos anos 50 e foi inventada! O marco inicial é o Manifesto Regionalista de 1926, redigido por Gilberto Freyre como uma reação ao avanço do progresso e da modernidade, quando a globalização começava a descaracterizar a cultura nordestina.
Outro passo importante aconteceu em 1943, ocasião em que Luis da Câmara Cascudo foi o mestre de cerimônia da primeira quadrilha dançada numa festa junina no aeroclube de Natal. Também foi nesse mesmo ano que se chamou de “arraial” ao espaço que abrigava a festa podendo ser a rua, o clube, ou os sítios e fazendas. Mas tarde, em 1950, Luiz Gonzaga explode com seus baiões, forrós e xotes que exaltavam a saudade da terra natal. 
Monteiro Lobato foi quem mais reforçou a imagem do matuto (caipira) com a criação do Jeca Tatu, personificado no cinema por Mazzaropi, um enorme sucesso também dos fins dos anos 1950.
O matuto era o principal personagem na Festa do Milho que ocorria no mês de junho por ocasião da colheita do milho que coincidia também com a festa católica de São João, ocasião em que se acendia uma enorme fogueira na frente das casas repetindo uma passagem do evangelho, hábito que herdamos de Portugal, além de acender lanternas coloridas e soltar fogos.
Com seus trajes coloridos e remendados, jeito tímido e desengonçado, o matuto sempre fez parte do imaginário do migrante, forçado a deixar seu torrão em busca de trabalho nos grandes centros urbanos, numa época em que a industrialização do país e a construção civil estavam a todo o vapor.
Aos poucos a festa Joanina católica e a festa pagã do milho se fundiram dando origem a uma grande festa profana – a festa junina que se apóia em quatro pilares: O espaço: o arraial que recria a roça, decorado com bandeirinhas e lanternas coloridas, que se compõe também de uma grande fogueira e muitos fogos; A indumentária: personificação do matuto/caipira com suas vestes e seu idioma falado - o matutes; A dança e a música: forró, baião, xote e a quadrilha e, por fim, a comida e bebida da festa: alimentos à base de milho e mandioca, amendoim, castanha e pinhão, batata-doce, vinho quente e quentão. Também se somou a essa festa todo o folclore criado em cima da crença católica do santo casamenteiro, Santo Antonio. As adivinhações, casamentos e apadrinhamentos constituem o ponto alto da festa.
Infelizmente nos últimos anos, graças à onipresença da mídia, a festa junina tem demonstrado uma forte vocação turística e tomado o rumo do espetáculo, tornando-se também um produto de consumo como tudo em nossa sociedade.  Os concursos de quadrilhas, o trem da alegria e outras invencionices acabam por esvaziar completamente o sentido original da festa, conferindo à nova festa-pop- junina uma identidade mercadológica, símbolo da pós-modernidade. Prova de que toda a invenção dessa tradição foi em vão?

MANUÊ DE FUBÁ

Postado as 09h13 | 31.05.2010 Por Lúcia Helena Soares
Ingredientes:
2 xícaras de fubá
2 xícaras de leite
2 xícaras de açúcar
100g de manteiga
4 ovos
1 colher de sopa de fermento em pó
200ml de leite de coco
100g de coco ralado desidratado (de pacote)
Modo de fazer:
Numa panela levar ao fogo o fubá, o leite, o açúcar e a manteiga até virar um mingau consistente, sem deixar ferver. Retirar do fogo, deixar esfriar um pouco e acrescentar as 4 gemas, o fermento dissolvido no leite de coco, e o coco desidratado. Misturar tudo muito bem e juntar delicadamente as claras batidas em neve. Levar ao fogo pré-aquecido a 170ºC, em tabuleiro untado e polvilhado com farinha, por cerca de 30 minutos. Resfriar e cortar em quadrados.

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